Datas comerciais B2B: o que faz sentido de verdade
A Black Friday se tornou um marco no varejo. Mas será que ela precisa fazer parte do calendário B2B? Depois de mais de uma década acompanhando empresas de diferentes setores, a handz percebeu que nem toda oportunidade de mercado é uma boa oportunidade de marca.
- As dinâmicas são diferentes
Enquanto o varejo trabalha com impulso, o B2B opera com relacionamento.
As decisões de compra envolvem múltiplos decisores, ciclos longos e margens sensíveis. Um desconto mal planejado pode comprometer meses de negociação e diluir percepção de valor.
- O risco da participação automática
Muitas empresas entram em datas comerciais apenas para “não ficar de fora”. Mas o custo disso vai além do financeiro: rompe coerência estratégica, banaliza o discurso e desorganiza o funil de vendas.
Antes de aderir, é preciso perguntar:
- isso faz sentido para meu público?
- existe ganho real para a marca?
- o momento financeiro permite essa ação?
- Quando vale a pena participar
Há situações em que a Black Friday B2B é estratégica:
- quando a empresa quer reforçar relacionamento,
- oferecer upgrades reais para clientes atuais,
- ou usar a data como gancho de conteúdo (não de preço).
Nesses casos, a data vira um ponto de contato, não um ponto de ruptura.
Nem sempre o silêncio é ausência. Às vezes, é estratégia.
No B2B, coerência e sustentabilidade importam mais que visibilidade. A melhor estratégia é aquela que respeita o plano do negócio e o momento do cliente.